Quando uma empresa já se encontra em um estágio maduro de
gestão, com bastante tempo desde a certificação, geralmente o encanto com a
norma vai diminuindo (feito esse que um Sistema de Gestão da Qualidade eficiente
não pode deixar ocorrer) ou muitas vezes, houveram tantas mudanças que o
pessoal não se lembra o porque de tantos métodos defasados que ainda estão em
utilização. Estes e outros fatores acabam ocasionando um problema muito grave
em um sistema certificado, pois os métodos já não estão mais ADEQUADOS PARA O
USO, mas estão sendo utilizados APENAS PARA ISO, ou seja, apenas para não gerar
não conformidades em uma auditoria externa.
O
objetivo da norma não é esse, a ISO 9001 não foi elaborada para atrapalhar as
organizações ou muito menos engessar os processos, quem acaba gerando estes empecilhos
são os próprios Analistas e Gestores do SGQ. A norma foi elaborada com base nos
conceitos de gestão mais indicados no mundo. Sabemos que muitas vezes não
podemos seguir aos requisitos “ao pé da letra”, mas quando tivermos que
realizar estes contornos, temos que analisar a melhor forma de adequar este
requisito com a rotina da organização, não podemos estabelecer uma
sistemática que vá contra os princípios do teu processo.
EXEMPLO:
- Um registro foi
elaborado para evidenciar as verificações da densidade da tinta, no setor de
pintura (demanda alta).
ERRADO -
Quando os analistas e gestores não conseguem pensar em algo simples ou não conhecem
o processo à fundo, eles mesmos estabelecem a periodicidade, por exemplo, “realizar
as verificações antes de cada lote pintado”.
Podemos pensar que esta
atitude é a mais adequada, porém depende do tipo do processo. Neste caso a
demanda da pintura é altíssima e, digamos que os lotes são pintados com a mesma
tinta. Mesmo sendo a mesma tinta preparada para lotes diferentes, o pintor
teria que realizar a verificação e registrar os resultados no formulário,
sabemos que como o processo é de muita intensidade, o operador provavelmente não
irá realizar o preenchimento ou ainda nem realizará a verificação.
Caso a
organização mantenha o processo inadequado, antes das auditorias externas,
alguém iria ter que preencher registros retroativos para “camuflar” a falha
processual... geralmente sobre para a Qualidade.
CERTO – Mesmo o SGQ conhecendo o
processo, sempre antes de uma revisão que envolva outros setores, é
recomendável que esta alteração seja conduzida em paralelo com a área
envolvida.
Tendo ciência do processo e
conhecendo a opinião da área envolvida, o analista poderia definir o seguinte critério: “realizar a verificação após o preparo de uma
nova tinta.”
Com estas simples palavras, a
Gestão da Qualidade iria conseguir adequar ao processo e atenderia o requisito
da mesma forma
Em suma, a idéia é encontrar a
melhor medida de adequação ao processo e confrontar com os requisitos da norma.
Então temos os métodos aplicados ao USO, desta forma automaticamente iremos executar
para ISO.
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