sábado, 26 de setembro de 2015

COMO FAZER A GESTÃO DA QUALIDADE FUNCIONAR EM UM AMBIENTE POUCO FAVORÁVEL ?



Todos sabemos que os custos envolvidos em um processo de certificação e manutenção de uma determinada norma são de certa forma “consideráveis”, porém apenas este investimento já é o suficiente para a organização se considerar “comprometida com a Qualidade” ? Creio que não.


A GESTÃO DA QUALIDADE É MAIS DO QUE UMA CERTIFICAÇÃO E AS ORGANIZAÇÃO DEVEM TER CONSCIÊNCIA DISSO !

Porém, muitas empresas de pequeno e médio porte não conseguem (ou não querem) fazer grandes investimentos voltados para o aumento da QUALIDADE, tais como:
·         Treinamentos e Cursos para a Capacitação dos colaboradores;
·         Investimentos em Tecnologia (softwares e equipamentos sofisticados);
·         Investimento em Gerenciamento de Risco (Ações Preventivas);
·         Entre outras ações;



Diante desta imensa dificuldade, como nós, Profissionais da Qualidade, podemos fazer com que o SGQ das nossas organizações possa evoluir e fazer com que as empresas rodem corretamente o ciclo PDCA ?


Este é o maior desafio para a maioria dos SGQ, pois a falta de comprometimento é relativa, e pode ocorrer nos mais variados cenários empresariais, desde Pequenas, Médias e até mesmo nas Grandes empresas.
E a falta de comprometimento também pode ocorrer em empresas que investem em Qualidade, uma vez que a aplicação de investimentos não significa necessariamente o aumento do comprometimento com a causa.

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Fazer QUALIDADE em empresas que estão comprometidas e investem na causa é fácil, difícil mesmo é fazer a QUALIDADE “funcionar” em organizações que não investem em QUALIDADE.

SERÁ QUE ISSO É POSSÍVEL ?

Em um determinado momento da história, Taichi Ohno percebeu que o Sistema de Produção em Massa (Fordismo) não seria adequado à realidade da Toyota/Japão. Diante deste cenário, ele absorveu o que achou proveitoso e aperfeiçoou as metodologias que não eram aplicáveis. Através deste ajustes, Ohno provou que poderia “fazer frente” com a Toda Poderosa Ford, mesmo com todos os empecilhos:
·         Baixa demanda;
·         Restrição em recursos no Japão, devido ao resultado da 2º Guerra Mundial;
·         Baixo investimento no setor;
Este novo sistema elaborado na Toyota, ficou conhecido como LEAN MANUFACTURING ou PRODUÇÃO ENXUTA.

FAZER MAIS, COM MENOS !

Inspirado neste grande exemplo, podemos comparar a PRODUÇÃO EM MASSA com a GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL.



Devemos analisar criticamente nossa organização em relação à uma GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL (Alto Investimento) e comparar se suas metodologias podem ser adequadas no SGQ da organização, com baixo nível investimento.

Com toda certeza o GQT é o ideal para todas as organizações. (diferentemente da Produção em Massa), porém em muitos casos sua implantação se torna improvável dependendo do cenário e situação das organizações.

Sabendo disso, devemos criar um modelo de GESTÃO DA QUALIDADE “ENXUTA”, não no sentido de GERENCIAR MENOS QUALIDADE, mas no sentido de FAZER MAIS QUALIDADE com cada vez MENOS RECURSOS NECESSÁRIOS... Tendo menos Recursos e fazendo mais Qualidade, automaticamente irá criar-se uma cultura de RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS e MELHORIA CONTÍNUA DA QUALIDADE dentro desta organização.

COMO ALCANÇAR A GESTÃO DA QUALIDADE “ENXUTA” ?

Bom, partindo do princípio de que a organização admite que não pretende destinar grandes investimento no SGQ, para TER UMA MELHOR QUALIDADE, a alta-direção deve ter ciência que deverá redobrar os esforços para fazer com que a Cultura da Qualidade seja disseminada na organização.

Nestes casos, o único caminho que resta, é focar no lado humano. 
Devemos fazer com que TODOS OS COLABORADORES compreendam a importância da Qualidade para a saúde e sobrevivência da organização.

A QUALIDADE DEVE TER UMA PERSPECTIVA TOTALMENTE “TOP-DOWN”, que comece com a cobrança/comprometimento da Direção e termine com a execução dos Colaboradores.


Continuamente a organização deve fomentar e divulgar os conceitos da Qualidade, através de reuniões, treinamentos, grupos de melhoria e etc.

            A Gestão da Qualidade Enxuta deve ser exercitada continuamente nas organizações que possuem restrições nos seus investimentos. A GQE, de forma resumida, é uma forma de motivar um SGQ com pouco investimento à se reciclar e otimizar seus recursos disponíveis, à fim de alcançar melhores resultados.

 Esta abordagem, que denominei "Gestão da Qualidade Enxuta", nada mais é do que uma simples indicação de como devemos buscar a melhoria contínua em cenários adversos (crise ou organizações que não dispões de tanto investimento). É possível que haja Gestão da Qualidade sem altos investimentos financeiros ? Eu acredito que sim, porém iremos precisar do INVESTIMENTO HUMANO, onde todos os colaboradores se comprometam à buscar este objetivo juntamente com o SGQ.
 Ou seja, o tão falado investimento (R$) não é tão essencial, devemos ter noção de que devemos continuar nossa busca pela melhoria. Porém o COMPROMETIMENTO DE TODOS sempre será essencial !!!


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