quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

A IMPORTÂNCIA DE AÇÕES COMPORTAMENTAIS PARA UM SISTEMA DE GESTÃO

Através de ações comportamentais podemos fazer com que uma organização atinja uma maturidade suficiente para grandes mudanças e melhorias.


Segundo Claudius D’Artagnan, existem duas formas de realizar ações comportamentais:
            - Através da EDUCAÇÃO;
            - Através de TREINAMENTO;

            Educar é fazer com que as pessoas entendam os princípios, conceitos, fundamentos, responsabilidade e a importância do seu trabalho;
            Já Treinar é desenvolver habilidades;

            Sabendo disso, então devemos PRIMEIRO EDUCAR, para posteriormente DESENVOLVER AS HABILIDADES (TREINAR).

            “As pessoas se orientam pelos líderes, não pelo que dizem, mas pelo que eles fazem !!!” (Colin Powers)


Este tema foi abordado no SEMINÁRIO DA QUALIDADE NO SÉCULO XXI, realizado pela ABQ – Academia Brasileira da Qualidade, realizado no dia 13/11/2014, Dia Internacional da Qualidade.
Logo em seguida, iremos publicar um artigo contendo as informações e os demais temas debatidos neste seminário que contou com grandes nomes influentes da Qualidade Brasileira.


INFORMAÇÕES DO AUTOR:



CLAUDIUS D´ARTAGNAN CUNHA BARROS
“A Liderança Estratégica no Contexto da Gestão da Qualidade “

Graduado em Administração de Empresas, Pós Graduado em Administração Empresarial para Executivos e em Gestão de Recursos Humanos, com Especialização em Gestão da Qualidade pela JUSE - Japanese Union of Scientists and Engineers.
Professor do curso de Pós Graduação em Engenharia da Qualidade da Faculdade de Engenharia Química de Lorena/SP - FAENQUIL/USP e Professor convidado do curso de Pós Graduação da Faculdade de Engenharia de Roseira/SP (Universidade Salesiana - UNISAL).

É Autor de vários livros, entre eles: Círculos de Controle da Qualidade, Qualidade & Participação, Sensibilizando para Qualidade, RH – Foco na Modernidade (co-autoria), Excelência em Serviços e ABC da ISO 9000.

Consultor Organizacional há mais de quarenta anos, tendo desenvolvido projetos em empresas de renome, como: IBM, EMBRAER, Banco Itaú, Banco do Brasil, BMW, Bradesco Seguros, Cia HERING, dentre outras.
Mentor do Projeto de Educação Gerencial Continuada - EGECON® (www.egecon.com.br)


A EDUCAÇÃO É FUNDAMENTAL PARA A COMPETITIVIDADE

Construir um país melhor e mais competitivo não é fácil. Porém construir uma potência mundial sem qualidade na educação é IMPOSSÍVEL.

Em recente pesquisa realizada, o CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgou nesta quarta-feira (14/01/2015) o resultado comparativo da qualidade do ensino médio do Brasil em relação à outros países.
O baixo desempenho dos estudantes brasileiros em testes como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) levou o País a aparecer em 9º lugar entre 11 nações avaliadas pelo estudo "Competitividade Brasil 2014"
Segue abaixo o ranking:

Posição
País
PIB Mundial*
Canadá
11º
Austrália
12º
Coréia do Sul
15º
Polônia
26º
Espanha
13º
Rússia
Chile
37º
Turquia
17º
Brasil
10º
México
14º
11º
Colômbia
31º
*PIB Mundial conforme FMI (2013)

O Brasil apresenta um PIB maior do que todos os países listados neste ranking de qualidade no ensino médio, mas então como não conseguimos uma posição melhor?
A única explicação plausível, é que não FOCAMOS E INVESTIMOS NA EDUCAÇÃO o suficiente para POTENCIALIZAR ainda mais nossa competitividade.
Nós sabemos que uma país com tamanho do Brasil e com os recursos físicos e energéticos disponíveis no Brasil poderia render muito mais do que está rendendo.

Temos de analisar todos os dados disponíveis do Brasil, transformar estes dados em informações, basear-se nestas informações para formar ações estratégicas à médio-longo prazo e disseminar uma CULTURA DA QUALIDADE.

Nós sabemos do nosso potencial, agora temos apenas de planejar e executar cautelosamente planos para que em um futuro nem tão distante possamos estar em uma posição mais privilegiada em pesquisas de competitividade mundial.

Fonte: Revista Exame
Link: http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/brasil-aparece-em-9o-entre-11-nacoes-em-educacao-diz-cni

CARTA PARA BRASÍLIA 3# - Conclusões - Vicente Falconi

Com esta publicação, iremos concluir a série CARTA PARA BRASÍLIA, onde o Consultor Vicente Falconi dá algumas opiniões sobre a Gestão Governamental do nosso país para a Presidente da República, Dilma Rousseff.

Nesta terceira carta, Falconi conclui seu ponto de vista falando sobre a importância de focar ao cliente (cidadãos brasileiros), medir os resultados obtidos em indicadores e gerenciar corrigindo os problemas encontrados.



CONTEÚDO DA CARTA:


"Toda organização humana tem como premissa religiosa que a prioridade é o cliente. Pergunte a qualquer um e se repetirá o mantra: “Nosso foco é o Cliente!”
No entanto, na maioria das vezes, a realidade é bem diferente e os verdadeiros problemas de qualquer organização são a sua incapacidade de satisfazer, de fato, o cidadão, razão e objetivo de sua existência. Isto é verdade para empresas e para o Estado.
É óbvio que a prioridade absoluta do Estado deve ser uma “política orientada para o cidadão” E isso quer dizer, entre outros, boa saúde, boa segurança e boa educação. É também óbvio que, se nossos políticos soubessem e pudessem, eles promoveriam isso, até mesmo por interesse próprio, pois já é muito bem conhecido o fato de que há uma grande insatisfação popular nessa área.
Acontece que a máquina operacional do Estado não consegue responder a esta demanda por motivos já aqui expostos em artigo anterior dessa série. O Estado não consegue responder ao governo!
O que significa “boa educação”, “boa saúde” e “boa segurança”? O que é “boa” para um poder não ser para outro. Precisamos de indicadores simples e transparentes(ainda que imprecisos) que meçam numericamente o desempenho destes sistemas nas esfera municipal, estadual e federal. No caso da educação já temos o Ideb e o Enem, além do Pisa internacional.
A existência desses indicadores é uma vitória e um grande avanço para nosso país. Não interessa se esses indicadores são perfeitos ou imperfeitos ou ainda que possamos, no futuro, melhorá-los. Tudo é sujeito a críticas. O fato importante é que eles existem e estão movendo a máquina operacional da educação pública em seus três níveis, no sentido de melhorias contínuas.
Podemos não estar satisfeitos com a velocidade dessas melhorias na área da educação, mas não se pode negar que elas estão acontecendo e na direção certa.  Não temos a mesma certeza no caso da saúde e da segurança.
Recentemente nossa organização de consultoria investiu recursos próprios para delinear o que seria um “Sistema de Saúde” no Brasil. Vários especialistas, empresários e autoridades foram entrevistados e conseguimos fazer um mapa do Sistema e as interações entre as partes dos subsistemas operacionais de prevenção, correção, regulamentação e atividades privadas desde a indústria farmacêutica, hospitais, laboratórios e seguradoras. Foi um trabalho estressante mas conseguimos visualizar as interações entre as partes do sistema, como fluem as regulamentações, os recursos, os serviços e, principalmente, quais eram as verdadeiras fronteiras do Sistema de Saúde com o cidadão (Cliente!). Tendo em mãos este mapeamento do Sistema de Saúde pode-se então delinear as suas funções e por consequência os seus “Indicadores Principais” e os secundários, a partir dos quais os problemas do Sistema podem ser entendidos, analisados e resolvidos.
Gerenciar é resolver problemas ou atingir metas o que é o mesmo. Onde estão os verdadeiros problemas da saúde, educação e segurança? A resposta é:  junto ao cidadão! Se desejamos resolver os problemas de saúde temos que ir para as funções do Sistema de Saúde e perguntar se estas funções estão sendo cumpridas. O não cumprimento destas funções são as “Disfunções do Sistema” ou “Problemas” e o primeiro ataque deve ser sempre gerencial. Antes que haja uma sequência de esforços para conhecer estas funções, seus indicadores, levantar fatos e dados, entender os problemas, conhecê-los melhor por sua variação geográfica, temporal, tipo e sintomas, analisá-los e, a partir desta análise, estabelecer os Planos de Ação, não se pode falar em “recursos adicionais”. No entanto, o que mais temos ouvido de ministros que assumem este cargo é dizer, logo no primeiro dia, que precisam de dezenas de bilhões de Reais para resolver os “problemas da saúde” que, na verdade, não conhecem na profundidade necessária.
Somente para exemplificar o que seria uma ação gerencial na interface do Sistema de Saúde com o cidadão vou citar o caso dos Hospitais de Emergência. A maioria destes hospitais, senão a sua totalidade, está em crise e não consegue atender às demandas da população. Levantamos algumas informações e verificamos, por exemplo, que o “Tempo Médio de Permanência” do doente nestes hospitais era de 10 a 15 dias. Temos trabalhado com dezenas de hospitais particulares no Brasil e, em geral, o “Tempo Médio de Permanência” nestes hospitais é de 4 dias (em muitos casos menos!). Isto quer dizer o seguinte: uma atuação simplesmente gerencial nos hospitais públicos poderia, ao final de pouco tempo, pelo menos dobrar a capacidade de atendimento do subsistema hospitalar brasileiro sem nenhum investimento. Exemplos como este existem em várias frentes dos Sistemas de Saúde, Educação e Segurança. A solução dos problemas de um Sistema deve sempre começar por suas interfaces com o Cidadão e entrar no Sistema apenas em caso de necessidade. Por exemplo, só vou trabalhar um processo de aquisição de medicamentos se tiver impacto forte nos problemas prioritários que afetam o atendimento final do Cidadão. Da mesma forma, é óbvio que teremos que investir continuamente nos Sistemas de Saúde, Educação e Segurança, mas só poderemos fazer isto, de forma responsável, se for parte de um Plano de Ação decorrente de profunda análise de informações que garantam sua prioridade e seus benefícios à população. O que não podemos é investir em mais hospitais para que também tenham “Tempo Médio de Permanência” de 15 dias. Antes de investir temos que gerenciar!

Os verdadeiros problemas estão na fronteira dos principais Sistemas do Estado com o Cidadão. Os primeiros a atacar estes problemas devem ser as pessoas que ali trabalham. É trabalho para a Maquina Operacional do Estado. Falta domínio de conhecimentos em gestão para que isto aconteça!"
Vicente Falconi, 74, é fundador e presidente do Conselho Falconi Consultores de Resultado. Membro da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ. Esta é uma das três cartas sobre a boa gestão endereçadas à presidente da República, publicada em Dezembro no jornal Folha de São Paulo.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

CARTA PARA BRASÍLIA 2# - Significado da Gestão - Vicente Falconi

Tendo a intenção de chamar a atenção da Presidência da República para focar em uma Gestão Eficáz, o Professor Vicente Falconi publicou 3 cartas destinadas à Presidenta Dilma.
Neste momento iremos reproduzir a 2º carta, que fala sobre o Significado da Gestão.



CONTEÚDO DA CARTA:
“Sem mudanças no processo os resultados permanecerão exatamente os mesmo”
Albert Einsten
"Prezada presidente,
Os pesquisadores americanos Muzafer e Carolyn Sherif e outros conduziram em 1954, na Universidade de Oklahoma ,uma pesquisa muito bem sucedida sobre conflito e cooperação entre grupos e uma das hipóteses confirmadas foi: “Quando indivíduos sem qualquer tipo de relacionamento prévio são agrupados para interagir em atividades com metas em comum, produzem uma estrutura do grupo com status hierárquicos e papéis específicos.”
A conclusão óbvia  dos pesquisadores foi que um sonho ou uma meta em comum agrega e organiza o grupo. De fato, constatei em minha vida que é sempre muito mais fácil concordar nos fins que nos meios. Quando se coloca um sonho ou uma meta fica mais claro a todos onde queremos chegar e o que tem que ser feito. O grupo se organiza mais facilmente para concretizar seus desejos.

PLANEJAMENTO:
  Gestão nada mais é que atingir metas ou resolver problemas, o que é o mesmo. Se não existem metas não há gestão! Precisamos de sonhos e metas para nosso país. Isto irá facilitar a união e a cooperação. O sonho se origina de uma chamada de liderança e as metas da formulação estratégica.
  Nos governos geralmente entende-se planejamento  como a confecção do Orçamento anual. Ficamos, portanto, no horizonte do ano. Nada contra o planejamento anual, mas o que precisamos ter no Brasil é a instalação de uma organização do Estado, e não do governo, nos moldes da Polícia e da Receita Federal, para fazer a formulação estratégica brasileira num horizonte de pelo menos uns 20 anos, renovada anualmente.
  Uma formulação desta natureza implica em fazer muitas contas, pois todos os fatores de desenvolvimento são interligados e envolve no processo as melhores inteligências do país, assim como especialistas estrangeiros. Em tal planejamento fatores como as mudanças climáticas e populacionais deveriam ser levados em conta. Para tanto, este organismo deveria ter recursos próprios e gestão independente.
  A organização faria a formulação estratégica ampla e de longo prazo. As formulações estratégicas mais específicas e de médio prazo poderiam ser feitas a partir do planejamento dos Estados, dos municípios, energético, logístico, das comunicações, da educação, da saúde, da defesa etc.
  Este exercício de formulação estratégica daria as condições de priorizar projetos e estabelecer metas concretas (Estados e municípios saberiam exatamente com que poderiam contar) que nos permitiria crescer contínua e vigorosamente.
Quando há falta desses planejamentos o país acaba sendo gerenciado, em seus três níveis, ao sabor das crises e acontecimentos. E isso provoca ineficiências na utilização dos recursos além de “apagões” de toda natureza. Gerenciar dessa maneira  custa muito mais caro, uma vez que nem sempre os recursos, eternamente escassos, são empregados na direção e prioridades corretas.Política
Política é “direção a seguir”. A política deve dar a direção e as prioridades do governo dentro da formulação estratégica estabelecida.
  É por esse motivo que os partidos deveriam ter seus programas obrigatoriamente bem definidos e conhecidos pela população para que suas ações no governo refletissem a vontade popular e não os interesses próprios dos políticos. A vontade popular é a “direção a seguir”. A política deve dar a direção e as prioridades do governo dentro da formação estratégica estabelecida. A partir daí surgem as leis e os regulamentos que é a função do Congresso.

OPERAÇÃO/EXECUÇÃO:
  Política não é a operação do Estado. Operar o Estado é executar as ações planejadas para atingir as metas necessárias para melhor servir ao cidadão.
  A máquina operacional do Estado deveria ser estável, competente e bem treinada. Essa máquina deveria ser ocupada somente por profissionais continuamente treinados de modo a se atualizarem  das evoluções tecnológicas na administração do Estado.
  Deveria também ter seu desempenho avaliado periodicamente e ser sempre reestruturada para atingir as metas propostas na formulação estratégica. Cada processo deve ser projetado para perseguir funções específicas (atendimento ao cidadão)e estes processos  organizados numa estrutura conveniente no momento.
  Atualizar estruturas e processos deveria ser uma constante, uma vez que tudo muda ao nosso redor, a exemplo das novas tecnologias, novas necessidades das populações, ameaças diferentes etc. A padronização de processos e operações e o treinamento no trabalho deveriam ser religião.
  Precisamos construir confiança na burocracia estatal, valorizar ideias criativas e dar liberdade de trabalho. As consequências de uma boa máquina operacional do Estado seriam custos mais baixos e um atendimento primoroso a quem está pagando a conta: saúde, segurança e educação cada vez melhores.
  No entanto, o que se vê independente do partido no poder, é um assalto à máquina operacional do Estado por meio de mais de 22 mil cargos comissionados ocupados. (Nos EUA este número não passa de 200 para serem preenchidos por especialistas de confiança), geralmente, por pessoas inexperientes e que ocupam posições importantes com agendas próprias, o que custa caro à nação, não em função de seus salários, mas sim pelos prejuízos que provocam.

SUGESTÕES DE MELHORIA PARA A MÁQUINA OPERACIONAL DO ESTADO:
Um bom avanço para o próximo governo seria:


  1 -  Estabelecer uma organização em nível de Estado para fazer e rever anualmente a formulação estratégica nacional, em função de novas realidades e as metas decorrentes para cada Ministério;
    2 -  Estabelecer uma organização para avaliar o desempenho das políticas públicas e reestruturar continuamente os processos e a estrutura do governo;

    3 -  Reduzir, na medida do politicamente possível, os cargos comissionados;

    4 - Evitar, na medida do politicamente possível, as indicações políticas para diretorias de estatais e cargos de Secretário Geral de Ministério, inclusive, para baixo na hierarquia (como é feito hoje, por exemplo, na Receita e Polícia Federal);

    5 -  Criar um órgão operacional em nível de estado para exercer as funções normalmente atribuídos aos setores de recursos humanos nas empresas, ou seja: educação e treinamento, avaliação de desempenho e feedback , recrutamento e seleção, desenvolvimento organizacional, entre outros;

    6 -  Levar em conta que os melhores setores do Estado têm sempre uma carreira estruturada e escola associada: Forças Armadas, Policia Federal, Receita Federal, Relações Exteriores etc. Porque não estruturamos as carreiras e instalamos escolas para treinamento contínuo do funcionalismo em todos os setores do Estado?

O país precisa de uma boa máquina operacional do Estado. Precisamos reforças o Estado brasileiro para reduzir a volatilidade dos governos. Precisamos fortalecer nossas instituições."

Vicente Falconi, 74, é fundador e presidente do Conselho Falconi Consultores de Resultado. Membro da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ. Esta é uma das três cartas sobre a boa gestão endereçadas à presidente da República, publicada em Dezembro no jornal Folha de São Paulo.
 

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

CARTA PARA BRASÍLIA 1# - Boa Gestão - Vicente Falconi

Sempre demonstrei minha admiração pelo Mestre Vicente Falconi e pelo modo com que ele dissemina as práticas de Gestão. 
Tendo a intenção de chamar a atenção da Presidência da República para focar em uma Gestão Eficáz, o Professor Vicente Falconi publicou 3 cartas destinadas à Presidenta Dilma.
O Aprendiz da Qualidade irá publicar todas as 3 cartas.

Neste primeiro momento publicamos o conteúdo sobre a Boa Gestão (a primeira carta) em um texto claro e objetivo e totalmente sintonizado com as premissas de uma gestão com base na qualidade, gestão da rotina e crescimento organizacional sustentável também enfatizados no Manifesto da ABQ.


CONTEÚDO DA CARTA:

“Não podemos predizer o futuro. Mas podemos criá-lo.” 
Jim Collins e Morten T. Hansen
" O professor Americano Jim Collins publicou um livro “Vencedores por opção”, HSM Editora) no qual relata suas pesquisas de nove anos com 20.400 empresas dos EUA. O levantamento visava responder: “Como algumas empresas crescem vigorosamente na incerteza, mesmo no caos, e outras não?”.
A conclusão foi a de que aquelas que mantiveram um caixa robusto e um crescimento moderado, porém constante, foram as verdadeiras vitoriosas ao final de algumas décadas. Jim Collins e sua equipe provaram que as empresas se beneficiam fortemente de uma prática financeira segura e de um crescimento lento e previsível.
Para países isso não pode ser diferente. As empresas (públicas ou privadas) precisam de previsibilidade para ter a confiança de investir. Ninguém deseja que o país cresça 10% num ano e 1% no outro. Qualquer grande variação na economia provocada por desequilíbrios só traz dissabor e prejuízo a todos.
Um país e uma empresa são sistemas complexos. Para a empresa investir, não significa simplesmente colocar dinheiro em uma obra. Não é um evento trivial, envolve a vida de muita gente e não pode ser feito somente com base em promessas ou projeções otimistas.
Para o governo não é diferente. Desequilíbrios e variações causam sempre prejuízo. Quando a economia piora, o governo tem que sair em socorro de alguns setores. Nada é gratuito. Tudo tem um custo e se resume a uma imposição de ônus, hoje ou no futuro, sobre o restante da sociedade.
Assim como o capitão de um navio estuda as condições climáticas para decidir seu rumo e velocidade, o empresário observa o rumo político, a transparência das contas públicas, a condição fiscal do país, a pressão inflacionárias, juros, câmbio, entre outros fatores, para tomar suas decisões. Para acelerar, é necessário que o mar esteja calmo e previsível.
Se queremos crescer, temos que mobilizar capital. Somente por criar condições estáveis da economia e que permitam a previsão segura de crescimento, o governo aumenta dramaticamente a capacidade de atrair capital ao país. Crescimento previsível tem valor em si mesmo para o investidor.
Nunca ouvi de nenhuma empresário palavras contra as políticas sociais. Pelo contrário. No entanto, todos nós temos ouvido muitas reclamações sobre a imprevisibilidade da economia e sobre a falta de perspectiva de crescimento.
O Brasil é um país de 200 milhões de habitantes e a sétima economia do mundo. Um transatlântico que não admite mudanças muito rápidas de curso, pois estar custam muito caro a todos.
Tudo o que um governo precisa fazer é trabalhar duro em suas crenças políticas, mas dentro dos fundamentos da economia, com metas sobre indicadores simples e visíveis, de tal modo a criar o ambiente de segurança e a expectativa do crescimento, ainda que moderado.
Ninguém está pedindo que o país tenha um crescimento chinês, mas que cresça um pouco a cada ano, sempre no mesmo ritmo, como sugere Jim Collins, de tal forma que possamos trabalhar com calma e sem sobressaltos, melhorando de fato, a vida de todos."
Vicente Falconi, 74, é fundador e presidente do Conselho Falconi Consultores de Resultado. Membro da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ. Esta é uma das três cartas sobre a boa gestão endereçadas à presidente da República, publicada em Dezembro no jornal Folha de São Paulo.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

DICA DE BLOG - GESTÃO E RESULTADOS - Modelo de Gestão da Qualidade

O artigo à seguir, foi publicado no Blog Gestão e Resultados, da Folha Vitória, pelo autor Getúlio Ferreira.







"Empresas que adotam um modelo de GESTÃO DA QUALIDADE tem em sua estratégia administrativa os 4 elementos acima, ou seja,
1. OBJETIVOS E METAS - Vigoroso sistema oriundo das bases do seu Planejamento Estratégico e desdobrado até ao nível da execução. Aqui, voltamos a lembrar do velho filósofo grego, Sêneca, “Só há vento favorável para quem sabe aonde quer ir”.
2. MELHORIAS CONTÍNUAS - KAIZEN - Ampla capacitação para a CRIATIVIDADE, INOVAÇÃO e FERRAMENTAS DA QUALIDADE tendo como objetivo a solução de problemas, prevenção e melhoria de processos e produtos. A participação de 100% dos funcionários é peça chave. Movimentos do tipo CÍRCULOS DE CONTROLE DA QUALIDADE, Grupos Participativos e Thinking Groups são muito bem vindos. Por falar no assunto, no próximo dia 02 de Agosto acontece na AERT – VALE, o ENCONTRO ESTADUAL DE CCQ do Espírito Santo.Participe!
3. MÉTODO - o guru consultor, Vicente Falconi, bate sempre nesta tecla: O grande trunfo do gerente é saber usar Método, que vem do grego: META – direção, e Hodós: Caminho. Recomenda que todos os lideres na empresa sejam devidamente capacitados no uso contínuo do método e aqui ressalta a prática do PDCA – Planejar, Desenvolver ou Executar, Controlar e Agir nas melhorias. O uso do método PDCA é garantia de redução de perdas e melhoria da eficácia da gestão em qualquer tipo de organização.
4. EDUCAÇÃO E TREINAMENTO - Lembrando da junção de Educação – Preparar a pessoa para a vida (formar caráter e cultura) com Treinamento (adquirir habilidades técnicas). A união dos dois nos leva a formação do ser humano pleno e útil para a sociedade, consequentemente para a empresa também. De uma forma geral as empresas de ponta tem investido mais de 100 horas em educação e treinamento para seus empregados, e a pergunta que fica aqui é a seguinte: A sua empresa/organização tem investido quanto?"
Fonte: Gestão e Resultados - Getúlio Ferreira
Perfil do Autor:
Getúlio Ferreira, Engenheiro e militante na área da Consultoria organizacional há mais de três décadas, Getulio Apolinário Ferreira, combina as modernas técnicas de gestão com a incessante busca de resultados de produtividade e lucratividade das organizações.

Conheci este Blog à pouco tempo, mas já pude perceber que seu autor conhece os assuntos relacionados à Qualidade, tem experiência e mantém o blog atualizado. Parabéns Getúlio !




EU DESEJO PARA 2015... MAIS QUALIDADE !


Temos que aproveitar o inicio de um ano novo, para tentar alcançar resultados ainda melhores, mas o segredo de tudo está em como atingir estes objetivos. 

Como Vicente Falconi disse certa vez: "O problema dos brasileiros não se concentra mais no planejamento. Estamos planejando bem, porém encontramos dificuldade em IMPLANTAR as ações planejadas".

O PLANEJAMENTO é muito importante para uma ação de sucesso, porém não é suficiente. A etapa de EXECUÇÃO deve ser bem realizada para conseguirmos alcançar os objetivos.

Os especialistas ainda não conseguem prever como será 2015, porém temos que nos prevenir e esperar um ano ainda mais difícil que em 2014

Levando em consideração o pior cenário possível para 2015, nós enquanto Profissionais da Qualidade, temos o dever de fazer com que nossos produtos e serviços sejam executados com o máximo de qualidade. Pois em um mercado duvidoso e provavelmente retraído, a única solução para amenizar os pontos negativos é:

 - POTENCIALIZANDO A QUALIDADE;
 - EXUGANDO OS DESPERDÍCIOS (LEAN).

Ao invés de apenas desejar um 2015 melhor, poderíamos tomar atitudes para fazer um ano com mais Qualidade ! Vamos fazer nós mesmos um ano com mais Qualidade !