segunda-feira, 30 de março de 2015

Dossiê: Como o Japão se tornou referência em Qualidade ?

Todos sabemos que o Japão é uma potência mundial incontestável em inúmeros aspectos, mas principalmente quando falamos de QUALIDADE.
 De forma rápida pensamos no Japão como referência em Indústria Automotiva, Tecnologia e Cultura. Estes fatores citados não são pontos isolados, eles contribuem e muito com a Qualidade (no sentido amplo) no país.

 Após a segunda-guerra mundial, a visão que o ocidente passou à ter do Japão mudou consideravelmente, graças à rápida recuperação do país e o surpreendente desenviolamento econômico e tecnológico.
 O Japão apropriou-se de conhecimentos aprendidos na Europa e Estados Unidos por seus inúmeros estudantes que se especializaram nos campos das ciências e demais tecnologias.

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 Por exemplo, em 1947, as Forças Aliadas estavam ocupando o Japão, e Deming foi chamado pelo governo americano para ajudar no censo japonês de 1951. Lá, seu conhecimento em técnicas de controle de qualidade, aliadas ao seu envolvimento com a sociedade japonesa, lhe garantiram um convite da União Japonesa de Cientistas e Engenheiros (JUSE).

Os membros da JUSE haviam estudado as técnicas de Shewhart e precisavam de um professor de controle estatístico para ajudar na reconstrução do Japão. Entre Junho e Agosto de 1950, Deming treinou centenas de engenheiros, gerentes e estudantes em processos de controles estatísticos e conceitos de qualidade. A mensagem de Deming para os chefes executivos do Japão era a seguinte: 

"Melhorar a qualidade diminuirá despesas enquanto aumenta a produtividade e o mercado."
Segundo Deming, se os japoneses seguissem as suas instruções, eles poderiam conseguir os seus objetivos em cinco anos.  Poucos acreditaram, mas decidiram aceitar o desafio e, para a surpresa do próprio Deming, conseguiram sucesso em quatro anos.

Um grande número de indústrias japonesas aplicou suas técnicas e presenciaram um nível de qualidade e de produção nunca vistos. A melhoria da qualidade combinada com o baixo custo criou uma nova demanda internacional para os produtos japoneses.

Em pouco tempo o Japão conseguir montar uma infra-estrutura de apoio às indústrias para que tivessem condições de se desenvolver.
Buscando compreender às etapas deste processo evolutivo, eu ordenei algumas etapas:

1) Os recursos financeiros restantes no período pós guerra, foram usados para reerguer cidades, escolas, fábricas e atividade agrícolas. A solução adotada para enfrentar a precaridade de recursos naturais, foi a estratégia de importação;

2) Na década de 50, a prioridade foi a agricultura. Houve o desenvolvimento de novas sementes, fertilizantes químicos e pesticidas para aumentar a produtividade do campo. Com essas novas tecnologias, houve a liberação de mão-de-obra para as indústrias.

3) Desenvolvimento na área da saúde (hospitais e farmácias). Foi criado o Instituto Nacional da Saúde, que incentivava a fabricação de medicamentos;

4) Readequação da legislação para facilitar a entrada de tecnologia estrangeira e implantação de sistemas de Controle da Qualidade . Foram criados:
 - Conselho Científico;
 - Agência de Tecnologia Industrial;
 - JUSE (Japanese Scientist and Engineers).

Deming recusou receber royalties por seus artigos, por isso o JUSE em 1950 criou o Prêmio Deming em sua homenagem. O Prêmio possui grande influência no desenvolvimento do controle da qualidade e gerenciamento no Japão.


Deming foi convidado a voltar ao Japão várias vezes, sendo reverenciado de tal forma que, pelos seus esforços, foi agraciado, pelo Imperador Hiroito, com a Ordem Segunda do Tesouro Sagrado.

Em 1954, Juran vai ao Japão a convite da JUSE (Union of Japanese Science and Engineers) onde passa a lecionar em universidades japonesas e a ministrar palestras e cursos para os diretores das maiores empresas do Japão. Em 1988 ele publica o histórico: “Quality Control Handbook” onde apresenta os princípios das suas idéias sobre gestão da qualidade. Seu trabalho foi tão importante no Japão que Juran foi condecorado com a “Ordem do Tesouro Sagrado”, a mais alta honra concedida a um estrangeiro e seu livro foi, imediatamente, traduzido naquele país.


5) Investimento em Qualificação de Mão-de-Obra. Enquanto os países do mundo separavam parte de seu orçamento para a defesa militar, o Japão passou a destinar essas verbas na Qualificação da mão-de-obra em universidade e escolas técnicas. 
 Os melhores alunos eram premiados com bolsas em universidades e emprego vitalício em grandes indústrias.
 Desde àquela época, o Japão é um dos países que mais formam Engenheiros:



6) Outra grande parte da parcela de recursos do país, foi destinada à investimento em setores de indústrias, para apoia o desenvolvimento industrial do país:
  - Setor Automobilístico;
  - Siderúrgicas;
  - Energia;
  - Logística;
  - Telefonia;

Em 1980 o Japão ultrapassou os Estados Unidos como maior fabricante mundial de automóveis.

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O SENSO DE RESPONSABILIDADE INCUTIDO NA MENTALIDADE DE CADA OPERÁRIO JAPONÊS CONTRIBUIU MUITO PARA QUE O CONTROLE DA QUALIDADE REALMENTE FUNCIONASSE !

O fator humano, em relação á criatividade, capacidade de inovação e profissional, sem dúvida pesaram e muito para o sucesso japonês.

Muitos dizem também que o Japão só alcançou este status, porque contou com o auxílio dos EUA, porém eu acredito que mais cedo ou mais tarde o Japão iria conseguir alcançar seu objetivo.

Hoje o Japão tem o 3º PIB Mundial, atrás apenas de EUA e União Européia (2014)

Boa parte da fama do Japão para com a Qualidade, se deve ao Sistema Toyota de Produção, que revolucionou a indústria automobilística.



Temos que aprender com o exemplo do Japão e adequar os ensinamentos à realidade das nossas organizações. 
Temos utilizar o Espírito de Samurai no SGQ, para aproximar o máximo possível nossas indústrias brasileiras à realidade japonesa.
É um trabalho lento que necessitará de paciência e determinação, mas não podemos perder o foco neste objetivo !





FONTE: 
- Livro "Os Japoneses" - Célia Sakurai. São Paulo. Editora Contexto, 2007.
- Site: Wikipédia - William Edwards Deming, modificada pela última vez às 14h 17min de 29/08/2014. Acessado no dia 30/03/2015 às 14:29.
- Site: http://www.qualidade.eng.br/artigos_deming.htm, acessado no dia 30/03/2015 às 14:30.

sexta-feira, 27 de março de 2015

Desafios que motivam o SGQ

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 Hoje, logo após a realização de uma Auditoria Interna, comecei à pensar na importância da identificação de desafios na vida e nas organizações.

 Quando nos depararmos de frente à um desafio, devemos ter a frieza de analisar criticamente a situação e planejar ações para superar este obstáculo. Para mim isso é motivante, pois ao meu ver é uma das essências do Sistema de Gestão da Qualidade.

 Desafios necessariamente não precisam ser CRISES ou PROBLEMAS (FOCO CORRETIVO), podemos elaborar desafios voltados para MELHORIA (FOCO PREVENTIVO).

 Com este enfoque de transformar os desafios em algo positivo dentro das organizações, automaticamente estaremos preparando a empresa para a cultura de MELHORIA-CONTÍNUA.

 Quantas vezes, observamos uma série de ações em um determinado processo crítico e durante as análises foi percebido que na verdade não houveram melhorias ? São nestes momentos que devemos nos motivar ainda mais. Nós, como colaboradores comprometidos com a organização, devemos pensar: "Bom, ninguém consegue resolver este problema, então eu irei RESOLVER E SUPERAR ESTE DESAFIO !" 
 Pois esta é uma grande oportunidade deste profissional se destacar ainda mais !

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 Vamos identificar e localizar nossos desafios !
Vamos nos motivar e solucionar os desafios !

quinta-feira, 26 de março de 2015

Evolução Histórica da Qualidade

A Qualidade que conhecemos hoje, já passou por diversas fases, ênfases e conceitos ao longo dos anos.
GRÁFICO: O Movimento da Qualidade no Brasil (2011 - ISBN 978-85-64543-00-3)


 Com base neste gráfico apresentado, podemos perceber que gradualmente a ênfase do conceito da Qualidade foi passando de Produto para Processo. Fato que faz muito sentido, uma vez que um produto só terá qualidade se existir por trás dele um PROCESSO ROBUSTO (QUALIFICADO, CONFIÁVEL, SEGURO E EFICAZ).

 As chamadas eras da Qualidade, podem ser classificadas da seguinte forma:
qualidade Movimento da Qualidade

- Era da Inspeção – Qualidade com foco no produto:
No final do século XVIII e início do século XIX, a Qualidade era de responsabilidade do artesão (quem fabricava o produto).


- Era do Controle Estatístico da Qualidade – Qualidade com foco no processo:
Hove significativos desenvolvimentos na década de 1930, entre eles o trabalho de
pesquisadores para resolver problemas referentes à Qualidade dos produtos da Bell Telephone, nos E.U.A.. Este grupo, composto por nomes como W. A. Shewart, Harold Dodge, Harry Romig , G. D. Edwards e posteriormente Joseph Juran, dedicou boa parte de seus esforços em pesquisas que levaram ao surgimento do Controle Estatístico de Processos.

- Era da Garantia da Qualidade – Qualidade com foco no sistema:

Durante a 2ª. Grande Guerra os produtos destinados a uso militar tiveram prioridade no que dizia respeito a instalações, material, mão-de-obra habilitada e serviços de toda ordem. A produção de bens de consumo foi diminuída, incluídos os automóveis e eletrodomésticos. Enquanto isso, os operários que trabalhavam na produção militar, em muitas horas extras, fez aumentar o poder aquisitivo de várias famílias.
No fim da guerra, em 1945, os bens para a população civil eram escassos. A prioridade máxima das empresas passou a ser, então, o cumprimento dos prazos de entrega para garantir uma fatia maior do mercado, e a qualidade dos produtos foi se deteriorando de forma escandalosa - um fenômeno que sempre se repete em tempos de escassez. A falta de produtos atraiu para o mercado novos competidores, cuja inexperiência contribuiu ainda mais para o declínio da qualidade.

- Era da Gestão da Qualidade Total ("Total Quality Management - TQM") – Qualidade com foco 
no negócio:
Esta Era iniciou-se no Ocidente a partir dos esforços de recuperação de mercado impetrados por grandes empresas americanas, em meio à invasão de produtos japoneses de alta Qualidade no final da década de 70.
A Era da Gestão da Qualidade Total é uma evolução natural das três Eras que a precederam e está em curso até hoje . Ela engloba a Garantia da Qualidade, o Controle Estatístico da Qualidade e a Inspeção (Ver Figura 1.3), porém seu enfoque valoriza prioritariamente os clientes e a sua satisfação como fator de preservação e ampliação da participação no mercado.

- Era da Gestão Estratégica da Qualidade  (Sistema de Gestão da Qualidade) - Normas de Gestão e Programas da Qualidade:

Com a visão de Feigenbaum, onde defende a valorização do papel do departamento da qualidade a partir de uma nova concepção, onde todos devem ter responsabilidade para garantir a qualidade dos produtos e serviços, além de desempenhar atividades de assessoria que garantam o nível adequado de custos na fabricação, inicia-se uma nova era da qualidade.
Com essa nova dimensão, a qualidade deixa de ser atributo do produto ou serviço, deixa de ser também responsabilidade exclusiva do departamento da qualidade. A qualidade passa a ser problema de todos e envolve todos os aspectos da operação da empresa. A qualidade passa a encara de forma sistêmica, para integrar ações das pessoas, máquinas, informações e todos os outros recursos envolvidos na administração da qualidade. Essa ideia implica a existência de um sistema da qualidade.
Desse modo, o papel da administração da qualidade é procurar garantir a satisfação do cliente e, ao mesmo tempo, garantir os interesses econômicos da empresa. Dentro da ideia do TQC, o fator humano desempenha papel primordial. Feigenhaum dizia que, no final das contas, todo produto ou serviço é realizado por um par de mãos humanas, e que, portanto, a obtenção da qualidade depende da participação e do apoio das pessoas.


ESQUEMA: Normas, Programas e Organizações voltadas á Gestão.




  Hoje estamos em meio à um processo de transição. As crises econômicas em algumas potências mundiais, irão forçar estes países à desenvolver uma nova sistemática ou aperfeiçoar as metodologias já existentes.
 Antes, tínhamos como referência o SISTEMA TOYOTA DE PRODUÇÃO, hoje cada vez mais estamos ouvindo falar da inovação do HYUNDAÍSMO. 
 O processo evolutivo é gradual, mas não deixa de ser dinâmico. Devemos estar sempre preparados à mudanças.

 Acredito que o "x da questão" está na capacidade em que as organizações têm de se adaptar. Muitas vezes podemos tentar implantar o melhor sistema produtivo do mundo em nossas organizações porém o resultado não sairá como o esperado, pois o contexto de cada indústria é diferente.
 Nosso dever é absorver o melhor de cada metodologia e modelo de gestão, para poder aplicar da melhor forma em nossa organização.

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Fonte:
- Livro: O Movimento da Qualidade no Brasil (2011 - ISBN 978-85-64543-00-3);
- Artigo: Gestão da Qualidade (Professor Edson Costa Aidefonso).



quarta-feira, 25 de março de 2015

Dente de Serra ou Escada ? Qual é o estilho de melhoria da sua empresa ?

 Quando falamos de melhoria, automaticamente nos remetemos à Kaizen, PDCA, Melhoria Contínua, Aperfeiçoamento Contínuo, etc. Mas agora vou demonstrar que podemos começar à analisar qual o tipo de melhoria que nossa empresa está seguindo.

TIPO DENTE DE SERRA

 Este é o estilo mais comum de melhoria nas organizações brasileiras. Na melhoria tipo "Dente de Serra", as organizações implantam uma ação de melhoria porém a melhoria deixa de ser executada logo em seguida por diversos motivos, como: 
 - Devido a falta de padronização, à melhoria deixou de ser mantida;
 - Surgimento de um novo problema que gera a necessidade de uma nova melhoria;

 Após a identificação da queda no gráfico, a organização realiza uma nova ação para alavancar seu nível de melhoria, mas novamente o nível não é mantido por um longo tempo.

 Este ciclo irá se repetir por milhares de vezes, até que a organização consiga entender a importância da PADRONIZAÇÃO !


TIPO ESCADA

 Este é o nível ideal de melhoria e todas as organizações devem tentar se aproximar ao máximo deste estilo de melhoria.
 Após a melhoria, a organização estabelece padrões que irão garantir que esta melhoria não será desperdiçada.
 Depois da padronização, a organização estabelece ações de caráter preventivo à fim de melhorar ainda mais os resultados obtidos !


REFLEXÃO:

"Em qual estilo, a organização em que trabalho, se enquadra melhor ?"
"Como podemos alcançar a ESCADA DA MELHORIA ?"




 O caminho para se chegar à "escada" é longo e difícil, porém é ainda mais difícil se manter neste estilo de melhoria. 
 Para que possamos nos manter na "escada", devemos aplicar as ferramentas adequadas à rotina da nossa organização. Não existe receita mágica ! Não adianta alguém te indicar uma caixa de ferramentas qualificadas, sendo que nenhuma poderá resolver seu problema.
 Por isso que devemos analisar criticamente a realidade dos processos das nossas organizações, para estarmos aptos para as melhores tomadas de decisões.

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quarta-feira, 18 de março de 2015

FÓRMULA PARA VENCER A CRISE


 Como todos sabem, nosso país está passando por uma crise extremamente preocupante, onde nossas indústrias estão tendo que se superar para manter o nível de produção sem comprometer sua saúde financeira. Em meio à este cenário caótico, como podemos fazer com que nossa organização supere este desafio ?
 A resposta para esta pergunta é mais fácil do que se possa imaginar.

O "Sucesso na Crise" é o resultado da função do nível de produtividade somado à qualidade dos produtos e custos.
 - Temos que aumentar ao máximo nossa produtividade em acordo com a capacidade da fábrica;
 - Para que esta produtividade seja útil, nossos produtos devem ser fabricados com qualidade na primeira tentativa, eliminando cada vez mais o índice de refugo e retrabalho (TRABALHO DOBRADO = CUSTOS COM NÃO QUALIDADE = PREJUÍZOS).
 - E para completar, devemos nos preocupar com os gastos desnecessários. Devemos economizar em água, luz, folhas de ofício e até mesmo reduzir os estoques de alguns insumos utilizados mais esporadicamente.

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Nós, profissionais da Qualidade, temos o dever de disseminar este pensamento em toda a organização ! Temos que aproveitar este momento de crise e aumentar a conscientização de todos em relação à Gestão da Qualidade.
Geralmente é em momentos de crise que costumamos nos unir em busca de um objetivo. Dada às devidas proporções, foi o que o Japão fez logo após a Segunda Guerra Mundial. O Japão havia perdido boa parte de sua infra-estrutura e de seus recursos, e o único modo que eles encontraram para superar esta tragédia foi através da IMPLANTAÇÃO DE UMA CULTURA DE QUALIDADE TOTAL.


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 Li um artigo publicado no Blog da Qualidade que também fala da crise:




"Atenção! Estudos recentes indicam que apenas 6 pessoas sofrem com a crise econômica: Eu, Tu, Eles, Nós, Vós, Eles.
Não sou economista, nem empresária, não invisto na bolsa de valores, sou apenas uma Brasileira que percebeu como está a economia no nosso País. Aliás, não precisa muito para isso, basta ligar a televisão, navegar na internet, receber as contas no fim do mês, ir ao mercado para saber sobre o cenário econômico, político e financeiro do Brasil. O fato é que isso impacta diretamente em nossa vida, no orçamento, objetivamente falando. A economia mundial está vivendo um momento único na história. Estamos vivendo uma crise causada por outras crises.
O objetivo aqui não é ir a fundo sobre os motivos da crise atual, nem entender os fatores que colaboram para isso, mas sim tentar responder as seguintes perguntas:
De que forma as empresas vão atuar para sobreviver no mercado perante a crise atual? Isso vai afetar sua empresa?
O setor corporativo não pode ignorar a existência da crise, bem como as suas ameaças. A qualidade não pode cair, a não ser que você deseje que a sua empresa também enfrente uma crise.
Mas o que tem a ver a Crise e Qualidade?
qualidade é uma das maneiras mais importantes de garantir o valor de produtos e de serviços, e ganhar competitividade no mercado diante dos seus concorrentes. O conceito de qualidade avançou bastante, pois antigamente ele restringia-se na identificação de erros e no lado negativo das rotinas, hoje o cenário é outro. Qualidade deve ser vista como um termômetro na sua Empresa, é ela que vai estabelecer pontos de melhoria, sinalizando o que não está bom, o que está e o que pode melhorar. Não é à toa que escutamos cada vez mais sobre Qualidade de um Produto, Qualidade de um Serviço, Qualidade de Ensino, Qualidade de Vida, etc. Com o aparecimento em todos os domínios de produtos cada vez com melhor qualidade, as pessoas adquiriram uma nova cultura e tornaram-se mais exigentes e sensíveis, diferenciando-se de tempos atrás. A qualidade não está só em voga, nem é apenas uma tendência, por isso não devemos nos esquecer do quanto ela é importante para a empresa.
Sendo assim, em meio à crise é latente a necessidade de adotar ações para atrair e conquistar o interesse de clientes potenciais e fidelizar aqueles já conquistados. Mas como?
É preciso ter práticas de gestão que atendam de maneira efetiva a necessidade dos seus clientes. Os clientes já existentes não procuram outra empresa quando estão satisfeitos com o serviço ou o produto que está sendo oferecido, logo a Qualidade é fundamental.
A princípio, é necessário verificar qual é o segmento da sua empresa, no que ela atua, o que você vende. Só assim é possível definir qual abordagem será utilizada. Em suma, gerir com qualidade é ter em mente que deve haver uma busca contínua da satisfação das necessidades dos clientes. A partir do momento em que é implantado na sua empresa um sistema de gestão da qualidade é possível conseguir alguns benefícios, como:
  • Aumentar a satisfação e a confiança dos clientes;
  • Aumentar a produtividade;
  • Melhorar os processos de modo contínuo;
  • Acessar mais fácil novos mercados;
  • Medir a satisfação dos clientes e atuar sobre os resultados;
  • Gerenciar o relacionamento com os clientes.
Portanto,  a gestão da qualidade é uma grande aliada, sendo uma atividade estratégica para controlar uma organização com o intuito de possibilitar a melhoria de produtos/serviços  visando a completa satisfação dos clientes, ou ainda, a superação de suas expectativas.
Porque…
“Gestão e sobrevivência andam lado a lado.” – Joseph Carvalho
A crise vai afetar a todos, isso é fato! Quem vai permanecer de pé vai depender do quanto investiu em maneiras efetivas de manter o negócio sustentável, e aí melhoria contínua e relacionamentos verdadeiros com clientes faz todo sentido.
Conflitos, riscos e problemas podem surgir em quantidade, mas saber geri-los é questão de qualidade. Esteja preparado!"

AUTORA: Ariele Salles - Blog da Qualidade
FONTE: http://www.blogdaqualidade.com.br/crise-brasileira-vai-atingir-sua-empresa/