quarta-feira, 22 de julho de 2015

A IMPORTÂNCIA DA CULTURA DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA QUALIDADE

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As referências para a Gestão da Qualidade em uma organização, não necessariamente é obrigada à estar relacionada às normas ISO. Muitas vezes existem critérios ou metodologias que abordam as boas práticas de Gestão de um modo diferente, porém no fim das contas todas têm por objetivo a MELHORIA SISTÊMICA DA QUALIDADE NAS ORGANIZAÇÕES.
            Com a missão de disseminar os fundamentos da Excelência em Gestão para o aumento da competitividade das organizações e do Brasil, a Rede Nacional da Gestão Rumo à Excelência reúne atualmente 54 Programas e Prêmios Regionais (incluindo o PGQP) e Setoriais que utilizam o Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) em organizações que buscam a evolução da maturidade na direção de uma gestão competitiva. Para cumprir esse propósito, essa rede busca o alinhamento de seus processos de avaliação ao Prêmio Nacional da Qualidade® (PNQ).
Como geradora de conhecimento, a FNQ apoia tecnicamente esses programas e prêmios, por meio de disponibilização de produtos e serviços como os Critérios Rumo à Excelência e Compromisso com a Excelência, manuais de formação de examinadores e estudos de casos, os quais são desenvolvidos e validados por um Comitê Técnico, formado por representantes da Rede Nacional da Gestão Rumo à Excelência.



OBJETIVOS

• Estimular o desenvolvimento cultural, político, científico, tecnológico, econômico e social do Brasil;
• Fornecer para as organizações um referencial (modelo) para um contínuo aperfeiçoamento;
• Conceder reconhecimento público e notório à excelência da qualidade da gestão para organizações de Classe Mundial;
• Divulgar as práticas de gestão bem-sucedidas, com vistas ao benchmarking.


O caminho rumo à excelência apresenta marcos relevantes que definem os estágios de maturidade para o sistema de gestão da organização. A figura abaixo mostra o caminho representado na curva de evolução de maturidade e seus respectivos estágios.



ORGANIZAÇÕES INICIANTES (COMPROMISSO COM A EXCELÊNCIA) não têm claramente identificados os seus clientes e, às vezes, tampouco os seus próprios produtos. Por essa razão, não conseguem estabelecer um objetivo claro e, por conseguinte, não têm um plano que lhes permita alcançar resultados superiores. A organização que adota o Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) como referência para a sua gestão consegue mapear com clareza seu negócio. O primeiro passo é fazer uma avaliação da sua gestão e traçar um plano de melhoria do desempenho, o que significa, quase sempre, assegurar a qualidade dos seus produtos e a satisfação dos clientes.
Nessa fase, os resultados não são significativos, mas a organização percebe claramente uma melhoria na sua forma de atuação, pois, ao menos, todos conseguem compreender melhor o seu papel e a direção para a qual caminha a organização.

ORGANIZAÇÕES EM ESTÁGIOS INTERMEDIÁRIOS (RUMO À EXCELÊNCIA) estão em uma fase de grande entusiasmo porque começam a obter os primeiros resultados decorrentes da padronização. Os processos agora estão delineados, e a organização começa a sair de uma postura reativa para, pró-ativamente, buscar soluções para seus problemas mais agudos. É natural que nessa fase os processos não estejam totalmente disseminados. A primeira dificuldade que a organização busca superar é a integração entre as suas áreas de trabalho, para que, de forma coordenada, consigam implementar melhorias sustentáveis. Essa é uma fase de muita atividade, mas também de grandes conquistas. Assim, é fácil para a liderança mobilizar as pessoas na busca da sua visão. Aquelas organizações que conseguem estabelecer uma estrutura interfuncional e aprendem a acompanhar os projetos de melhoria conseguem subir de patamar de maturidade. Superando esse primeiro grande desafio organizacional, começam a atender de forma consistente aos requisitos das partes interessadas, e assim melhoram a satisfação dos clientes e da força de trabalho. Persistindo na aplicação do modelo, as organizações atingem níveis de desempenho em algumas áreas superiores aos seus concorrentes.

ORGANIZAÇÕES EM ESTÁGIOS AVANÇADOS (CRITÉRIOS DE EXCELÊNCIA) no caminho da excelência têm um sistema de gestão delineado e implementado. Avaliam e melhoram de forma rotineira os seus resultados e as suas práticas de gestão. Claramente, apresentam resultados acima dos concorrentes em várias áreas, mas têm dificuldade em alcançar os referenciais de excelência. O fundamento cuja aplicação é crítica e coloca em prova essas organizações é a constância de propósitos. Elas se veem de frente aos problemas crônicos e culturais não resolvidos. Quando percebem que para resolver esses problemas precisam promover maior integração interna e desenvolver parcerias, é aí que encontram a solução e, então, voltam a melhorar seus resultados e se tornam um referencial de excelência.



FUNDAMENTOS
O Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) está alicerçado por um conjunto de conceitos denominados Fundamentos da Excelência em Gestão.
Os Fundamentos da Excelência expressam conceitos reconhecidos internacionalmente e traduzem-se em processos gerenciais e consequentes resultados, que são encontrados em organizações classe mundial, ou seja, aquelas que buscam, constantemente, aperfeiçoar-se e adaptar-se às mudanças globais. São eles:

1.    PENSAMENTO SISTÊMICO: Compreensão e tratamento das relações de interdependência e seus efeitos entre os diversos componentes que formam a organização, bem como entre eles e o ambiente com o qual interagem.

2.    ATUAÇÃO EM REDE: Desenvolvimento de relações e atividades, em cooperação entre organizações ou indivíduos com interesses comuns e competências complementares.

3.    APRENDIZADO ORGANIZACIONAL: Busca de maior eficácia e eficiência dos processos da organização e alcance de um novo patamar de competência, por meio da percepção, reflexão, avaliação e compartilhamento de conhecimento e experiências.

4.    INOVAÇÃO: Promoção de um ambiente favorável à criatividade, experimentação e implementação de novas ideias, capazes de gerar ganhos de competitividade com desenvolvimento sustentável.

5.    AGILIDADE: Flexibilidade e rapidez de adaptação a novas demandas das partes interessadas e mudanças do ambiente, considerando a velocidade de assimilação e o tempo de ciclo dos processos.

6.    LIDERANÇA TRANSFORMADORA: Atuação dos líderes de forma inspiradora, exemplar, realizadora e com constância de propósito, estimulando as pessoas em torno de valores, princípios e objetivos da organização, explorando as potencialidades das culturas presentes, preparando líderes e interagindo com as partes interessadas.

7.    OLHAR PARA O FUTURO: Projeção e compreensão de cenários e tendências prováveis do ambiente e dos possíveis efeitos sobre a organização, no curto e longo prazos, avaliando alternativas e adotando estratégias mais apropriadas.

8.    CONHECIMENTO SOBRE CLIENTES E MERCADOS: Interação com clientes e mercados e entendimento de suas necessidades, expectativas e comportamentos, explícitas e potenciais, criando valor de forma sustentável.

9.    RESPONSABILIDADE SOCIAL: Dever da organização de responder pelos impactos de suas decisões e atividades, na sociedade e no meio ambiente, e de contribuir para a melhoria das condições de vida, por meio de um comportamento ético e transparente, visando ao desenvolvimento sustentável.

10. VALORIZAÇÃO DAS PESSOAS E DA CULTURA: Criação de condições favoráveis e seguras para as pessoas se desenvolverem integralmente, com ênfase na maximização do desempenho, na diversidade e fortalecimento de crenças, costumes e comportamentos favoráveis à excelência.

11. DECISÕES FUNDAMENTADAS: Deliberações sobre direções a seguir e ações a executar, utilizando o conhecimento, gerado a partir do tratamento de informações obtidas em medições, avaliações e análises de desempenho, de riscos, de retroalimentações e de experiências.

12. ORIENTAÇÃO POR PROCESSOS: Busca de eficiência e eficácia nos conjuntos de atividades que formam a cadeia de agregação de valor para os clientes e demais partes interessadas.

13. GERAÇÃO DE VALOR: Alcance de resultados econômicos, sociais e ambientais, bem como de resultados dos processos que os potencializam, em níveis de excelência, e que atendam às necessidades das partes interessadas.



    CRITÉRIOS
  Os Critérios são características tangíveis, mensuráveis quantitativa ou qualitativamente, propostas na forma de questões que abordam processos gerenciais e solicitações de resultados.
  O objetivo da distribuição das exigências em Critérios e Itens é facilitar o entendimento de conteúdos afins e reproduzir, de forma lógica, a gestão de temas essenciais de uma organização. Os Critérios de Excelência são representados na seguinte figura, sugerindo uma visão sistêmica da gestão organizacional.



▪ Liderança: Cultura organizacional e desenvolvimento da gestão, da governança, dos riscos, da interação com as partes interessadas, do exercício da liderança e da análise do desempenho da organização.

▪ Estratégias e Planos: Formulação e implementação das estratégias, por meio de análise dos ambientes interno e externo, ativos intangíveis, como a definição de indicadores e metas, desdobramentos de planos de ação.

▪ Clientes: Análise e desenvolvimento de mercado, entendimento das necessidades e expectativas dos clientes atuais e potenciais, gerenciamento da marca e imagem da organização e relacionamento com clientes.

▪ Sociedade: Responsabilidade socioambiental e desenvolvimento social, que incluem identificação das necessidades e expectativas da sociedade, atendimento à legislação.

▪ Informações e Conhecimento: Informações da organização, desde a identificação de necessidades até a implantação do sistema de informação, e gestão do conhecimento organizacional, ao identificar, desenvolver, reter e proteger, difundir e utilizar os conhecimentos necessários para a implementação das estratégias.

▪ Pessoas: Sistemas de trabalho, identificação de competências, seleção e integração de pessoas, avaliação de desempenho, remuneração e reconhecimento, capacitação e desenvolvimento, preparação de novos líderes e qualidade de vida.

▪ Processos: Processos da cadeia de valor em interação, projetados para atender aos requisitos de produtos, das partes interessadas, que realizam as transformações e entregas da organização, considerando em destaque os relativos a fornecedores e os econômico-financeiros.

▪ Resultados: Apresentação de resultados estratégicos e operacionais relevantes para a organização, na forma de indicadores que permitam avaliar, no conjunto, a melhoria dos resultados, o nível de competitividade e o cumprimento de compromissos com requisitos de partes interessadas, nas perspectivas econômico-financeira, socioambiental e relativas a clientes e mercados, a pessoas e aos processos da cadeia de valor.



Fonte:
·         Livro: Critérios Compromisso com a Excelência e Rumo à Excelência. FNQ. 2009-2010;
·         Livro: Critérios Compromisso com a Excelência. FNQ. 2014.
·         Livro: Modelo de Excelência da Gestão®. FNQ. 2014.

terça-feira, 21 de julho de 2015

COLUNA GESTÃO À VISTA DE VICENTE FALCONI – METAS

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Na coluna deste mês, na revista Exame, Vicente Falconi respondeu à questões bastantes relevantes no tocante das METAS.
Como é amplamente difundido por Falconi: “Gerenciar é bater Metas!” e para que possamos gerenciar nossos processos temos que tomar bastante cuidado no momento de estipular/definir uma meta.
Segue abaixo o conteúdo na íntegra:

gestao a vista julho metas
Reprodução Revista Exame

1 – Sou gestor e proprietário de uma empresa de agronegócio. Estou desdobrando metas para implantar uma gestão por indicadores e, depois, um programa de remuneração variável com bônus. Meu receio é que esse programa não cumpra seu objetivo, que é motivar o pessoal, já que para eles receberem os bônus a empresa precisa atingir sua meta principal. Sabe o que posso fazer nesse caso? José Roberto Ribas, de São Paulo.

“Comece pelo simples e vá aperfeiçoando depois. No início, a maior preocupação não deve ser fazer com que tudo saia perfeito nem atingir várias metas. Mas, sim, entender como o processo funciona e aprender a gerenciar com método. Esse aprendizado já representa, na verdade, uma mudança cultural muito grande. O que recomendo é começar com somente uma meta para você, o gestor. Somente uma. Essa meta deve ser estabelecida tendo em vista sua prioridade máxima para o ano. Isso vai fazer com que sua equipe centre esforços no que é realmente importante para sua empresa.
Além de não exagerar na quantidade de metas, seja cauteloso no salto proposto. Não tente colocar uma meta muito “desafiadora” logo de cara porque seu pessoal pode perder a confiança. Se isso acontecer, vai ser mais difícil retomar o processo. Portanto, prefira começar com uma meta mais fácil de ser atingida. Outro ponto importante é construir o que se chama tecnicamente de diagrama de árvore, colocando na ponta o valor de sua meta. A construção desse diagrama vai ajudar você e sua equipe a visualizar a contribuição de cada um no atingimento da meta geral.
E finalmente: as metas por si sós não vão levá-lo a lugar algum. É necessário ter bons planos de ação e bom controle de execução. Verifique ao longo do ano como anda a execução de cada ação e, em caso de dificuldade, ajude seu pessoal a montar bons planos de ação e a executá-los com disciplina. Siga as recomendações contidas em meu livro Gerenciamento da Rotina do Trabalho do Dia a Dia, sobre como gerenciar essa etapa. Vale o alerta: cuidado, porque somos todos procrastinadores.”


Reprodução Revista Exame

2 – Trabalho na área de saúde e segurança de uma multinacional responsável pelo gerenciamento dessas áreas em várias unidades ao redor do mundo. A maior dificuldade que tenho encontrado está no cumprimento de metas. Historicamente, pude observar que, mesmo acordando um plano de ação mais brando para todos os envolvidos, é impossível o cumprimento de 100% do plano de ação. Aí está o ponto em questão: como posso justificar que uma ferramenta de gestão elaborada pelos próprios envolvidos não terá um aproveitamento máximo? Anônimo.

“Notei que em sua pergunta você usou a expressão “cumprimento de metas”. Meta não se cumpre ou se bate apenas pelo desejo ou por um esforço extra. Metas são executadas. Metas são atingidas quando se coloca conhecimento novo em prática. É necessário montar planos de ação que contenham o conhecimento necessário para atingir a meta. Se o plano de ação é bom e a execução bem-feita, a meta deverá ser batida. O resultado atingido é consequência de um processo que exige muita disciplina tanto no planejamento como na execução e no acompanhamento.
Se a meta não for atingida, é porque vale uma entre duas hipóteses. A primeira: você ainda não tem um bom plano de ação – e, nesse caso, deve convocar rapidamente as pessoas que entendem profundamente dos problemas que impediram que o objetivo fosse alcançado. Ou, na segunda hipótese, a execução foi deficiente e você deve checar isso.
A boa execução de uma meta tem várias nuances. Primeiro você tem de ter um bom plano de ação. Muita gente nem plano de ação faz. Ou faz sozinho, “em cima da perna” – ou seja, de qualquer jeito. Na execução, as pessoas acabam por descobrir que várias ações são inócuas ou impossíveis de ser executadas. Se o plano de ação tivesse sido bem montado, deixando que todos dessem sua opinião desde o princípio, isso teria sido reconhecido antes.
Todos precisam entender que um plano de ação é montado coletivamente, ou seja, é um trabalho em grupo no qual cada ação é muito discutida e avaliada antes de ser executada. Tenho certeza de que, se observar essas coisas simples, você vai ter excelentes resultados.”

Fonte: Revista Exame – Coluna Gestão à Vista– Página: 75-76 – 22/07/2015

segunda-feira, 20 de julho de 2015

RELATÓRIO DE PALESTRAS DO CONGRESSO INTERNACIONAL DA QUALIDADE - PGQP

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Nos dias 16 e 17 de julho, tive o privilégio de participar deste evento de nível internacional que abordava os temas de Gestão e Qualidade.
Vale ressaltar que o evento foi muito bem organizado e toda a programação foi seguida à risca.

Procurei realizar um relatório, contendo as anotações mais importantes de cada palestra que pude presenciar. Segue abaixo as anotações:

 1º Painel: O Futuro dos Negócios Hoje

·         Ricardo Felizzola – Presidente do Conselho Diretor do PGQP

“As organizações devem encarar a crise como uma grande oportunidade, e em momentos de dificuldades a Qualidade se torna ainda mais essencial.”
“Será que o estudo da Qualidade saiu de moda ? Não, para o estudo da qualidade sair de moda, se faz necessário dominar o tema e infelizmente ainda não dominamos a Qualidade.”
Foi comentado sobre o exemplo da Samsung, pois é uma empresa originada de um país que apresentava grandes dificuldades na década de sessenta e em 40 anos a empresa se tornou líder mundial de aparelhos eletrônicos.
O sucesso da Samsung é sustentando sobre um tripé baseado em Tecnologia, Custo e Qualidade.
A Samsung buscou investir altamente em mão-de-obra. Pois investindo nas pessoas, estas pessoas poderão estudar e aplicar métodos para melhorar ainda mais a Qualidade e as Tecnologias dos processos da organização.

Conceito do PGQP: organização autossustentável e não governamental, com foco no aperfeiçoamento das práticas de gestão para melhorar os resultados das organizações.
Produtos: Avaliação, Reconhecimento e Conhecimento.

Situação Atual do Rio Grande do Sul:
            - Déficit nas contas públicas de R$ 5,4 bilhões;
            - Dívida Pública de R$ 57 bilhões;
            - 3º PIB no Ranking dos Estados;
            - Impacto negativo na produtividade por influência da má qualidade e baixa infraestrutura logística;



Essência do PGQP:


·         Ronald Krummenauer – Diretor Executivo da Agenda 2020

Sete setores prioritários do estado:
            - Educação
            - Saúde
            - Segurança
            - Agronegócio
            - Logística
            - Inovação Tecnológica
            - Gestão Pública

Enquanto o foco do PGQP se concentra na Gestão, a Agenda 2020 focaliza no planejamento.
Os 7 setores prioritários, também são os 7 desafios de melhoria do estado. E estes desafios são medidos através de indicadores específicos em forma de sinaleira, onde o verde significa bom desempenho, o sinal amarelo representa atenção e o sinal vermelho sinaliza baixo desempenho.
Exemplo:
            - GESTÃO PÚBLICA – Indicador de Investimento Público = Vermelho !
                        Investimento / Receita Corrente Líquida
                        2013 = 5,1%
                        2014 = 5,8%
                        Meta = 10 %

            - LOGÍSTICA – Qualidade da Malha Rodoviária = Amarelo !
                        Avaliação da Malha Rodoviária
                        2006 = Ótimo e Bom (41,7%)
                        2014 = Ótimo e Bom (32,4%)
                        Meta = Ótimo e Bom (60%)

            - INOVAÇÃO – Número de Doutores e Mestres = Verde !
                        Qtde. de Doutores e Mestres por 100 mil habitantes
                        2013 = 13,1 Rio Grande do Sul
                        Brasil = 7,6
                        Meta = 14
                       
·         Derly Cunha – Diretor Superintendente do Sebrae RS

Comentado que o Sebrae possui a especialidade de auxiliar no desenvolvimento dos pequenos negócios.
As pequenas empresas possuem importância significativa no desenvolvimento do estado e do país:
- As pequenas empresas representam cerca de 99% das empresas do Brasil e 99,1% das empresas do RS;
- O PIB do Brasil é composto por 27% da receita de pequenas empresas;
- No Rio Grande do Sul, as pequenas empresas representam 33% do PIB;

Com os trabalhos e projetos que são desenvolvidos pelo Sebrae, foi possível melhorar e aumentar a Taxa de Sobrevivência das pequenas empresas no estado, conforme números apresentados:

- 2011: 73,6%
- 2012: 75,1%
- 2013: 75,6%.


2º Painel: Soluções Integradas para a Gestão da Indústria (Logística)
            Ekaterini Kranioti (FRA) – Diretora de Mercado da GEFCO

            A GEFCO começou sua trajetória de sucesso na França, com o grupo PSA Peugeot-Citroën. Hoje, faz parte do Grupo RZD Railways e aposta no desafio de expandir o know-how e a experiência com seus clientes, beneficiando outras áreas de produção com o compromisso de sempre: intenso trabalho de inteligência e coordenação, simplificando e acelerando os procedimentos logísticos das empresas.
Comentado sobre a complexidade das cadeias de suprimento, onde existem inúmeros fluxos de entradas e saídas, que muitas vezes não são gerenciadas da forma ideal.
            Uma solução integrada, não precisa ser necessariamente global no sentido de abranger toda a cadeia de suprimentos, porém ela deve aperfeiçoar no mínimo os processos internos da organização.
            Os processos devem ser enxugados ao máximo – os custos logísticos devem ser cortados.
            Apresentação de cases de melhorias:
- multimodalidade logística;
- buffers intermediários para atender urgências;
- investimento em áreas de PPO (Operações Pós-Produção) e PDI (Inspeção Pré-Entrega);

3º Painel: Governança e Sustentabilidade
            Norman de Paula – Presidente do ISAE (Instituto Superior de Administração e Economia)

            No início da palestra, foi salientado que o país precisa investir em educação.
            Para superar esta crise, é necessário que haja engajamento entre todos os colaboradores das organizações.
            Indicação: livro de Ricardo Abramovay – “Muito Além da Economia Verde”.
           
            Estamos vivendo um novo cenário empresarial.





4º Painel: Como garantir a Competitividade num mundo sustentável?
            Peter Bent Hansen – Professor e Pesquisador da PUC-RS

            LACOS – Laboratório de Competitividade Sustentável

            Foi realizado um estudo para analisar o posicionamento atual das empresas em relação à sustentabilidade. Em paralelo, foi realizado um comparativo com os resultados obtidos pelo MIT (EUA).
            Foram verificados algumas informações importantes, tais como:
                        - Não há uma visão claro do que seja gestão sustentável;
                        - As empresas pesquisadas no Brasil estão apenas iniciando um processo de gestão sustentável;

5º Painel: Questione sua empresa e mude !
            Jorge Hoelzel – Conselheiro de Administração da Mercur

            A Mercur preza bastante em educação e saúde.
            Em um determinado momento a organização teve que se perguntar qual realmente era a causa principal da Mercur.
            Foram reavaliadas as seguintes questões de posicionamento estratégico:
                        - Missão: o que é e como se faz ?
                        - Visão: onde quer chegar ?
                        - Propósito: Por que a empresa existe ?

            Os princípios de Negócio foram redefinidos e a partir deste momento os resultados da organização foram se aperfeiçoando.
            - Atuação em função das pessoas;
            - Busca de soluções relevantes com simplicidade;
            - Ser ético em todos os relacionamentos;
            - Preservar para a posteridade;
            - Atuar em mercados éticos que valorizam a vida.

6º Painel: Novo empreendedorismo
            André Coutinho – Sócio-Diretor da Synmetics

            TENDÊNCIA 1# Novas formas de aprendizado: Novos modelos educacionais e tecnologias que valorizam o autodesenvolvimento;

            TENDÊNCIA 2# Produção Descentralizada: Democratização do acesso à tecnologias que permitam o design, prototipagem rápida e realização de experimentos;

            TENDÊNCIA 3# Novas formas de Trabalho e Carreira: Mudança no estilo e ambiente de trabalho (mais flexíveis, virtual e múltiplas carreiras).
           
            TENDÊNCIA 4# Colaboração e Compartilhamento: Novos modelos econômicos (acessos compartilhados).


           
TENDÊNCIA 5# Quarta Idade e Compartilhamento da Vida: Aumento da expectativa de vida.

            As características do Novo Empreendedorismo se concentram em Tecnologias Emergentes, Design e Modelos de Negócio.


7º Painel: Movimento Empreender Corporativo
            Sergio Detoie – Diretor Executivo da Empreenda.Vc

            Empreendedorismo e Inovação:
                        Empreender é fazer acontecer;
                        Inovação é algo novo (Se for novo para todos é Invenção).

            As organizações e os empreendedores devem se oxigenar (buscar conhecimento novo para ser aplicado).
            Empreendedor não deve ser necessariamente apenas quem é empresário. Os colaboradores de uma organização também podem ser empreendedores, no sentido de buscar inovações para aplicar às suas rotinas, à fim de melhorar continuamente suas atividades.

8º Painel: Investimento Estratégico Corporativo
            Alexsander Grutman (SUI) – Sócio Diretor da Tantum

            Hoje em dia, investir é uma vantagem competitiva. Porém para reduzir os riscos dos investimentos, se faz necessário conhecer bem o plano (possibilidades, vantagens, retornos, etc.).
            As incubadores e startups são excelentes exemplos de organizações que dependem de investimentos para transformá-los em produtos/serviços inovadores à fim de se sustentar no mercado competitivo.
           
9º Painel: Novo Desafio, Nova Solução: aprimorando a gestão da inovação nas organizações.
            Case de Inovação: Instituto Senai de Inovação – Soluções Inovadores em Polímeros.

10º Painel: Tecnologia à Serviço da Cidade – Projeto POA Digital.
            Tiago Xavier – Coordenador do Projeto POA Digital

            O POA Digital é um projeto da prefeitura de Porto Alegre lançado em 2013, que tem inspiração no projeto NY Digital, realizado nos EUA.
            “Comunicação, tecnologia e engajamento por uma cidade inteligente”.

            Objetivos do Programa:
                        - Utilizar as redes sociais para interagir horizontalmente com a sociedade;
                        - Dialogar e não apenas informar os cidadãos;
                       

           
A prefeitura de Porto Alegre identificou a necessidade de atender a sociedade de uma forma mais dinâmica e ágil.
Várias ideias do POA Digital surgiram de Crowdsourcings, que são processos de obtenção de serviços, idéias ou conteúdo necessários solicitando contribuições de um grupo variado de pessoas e, especialmente, a partir de uma comunidade on-line, ao invés de usar fornecedores tradicionais como uma equipe de funcionários contratados.
            Uma ideia do programa, se concentra no lema: “Mais cidade e menos prefeitura”. No sentido de envolver ainda mais às pessoas à ver a cidade com outros olhos, independente da prefeitura que esteja no comando.
            Através do POA Digital é possível medir em tempo real o sentimento da sociedade em relação aos serviços prestados pela cidade.
            Trabalho forte em redes sociais e aplicativos para smartphones.
           
            O POA Digital acabou gerando uma política pública de Open Data, onde uma rede de dados da prefeitura disponibiliza informações relevantes para a sociedade.

11º Painel: Educação: Construindo a economia global do Brasil da escola ao trabalho.
            Franklin Schargel – Fundador da Schargel Consulting Group

            Foi passado um vídeo sobre a rápida evolução da sociedade, conhecimento e tecnologia.
            Os países mais fortes economicamente neste século, serão aqueles que tiverem as melhores escolas. Pois o estudo das ciências STEM (Science – Technology – Engineering – Math) será o fator decisivo para a evolução destes países.
            O mundo está mudando e os produtos estão se tornando altamente competitivos.
            Não devemos apenas mudar, devemos MELHORAR! Melhoria contínua e não mudança contínua.
            As escolas devem também acompanhar a evolução da competitividade global. A Educação deve ser também bastante Competitiva !
            As escolas estão melhorando, porém a velocidade de sua evolução não está acompanhando a evolução e necessidade do mercado de trabalho. Assim, ocasiona um “gap” entre a Educação e as Indústrias.
            A Educação não é cara, porém a ignorância sim.
            O custo de 1 ano na prisão, equivale à 8 anos de educação.
            Precisamos de alunos engajados com a educação.
            O que as melhores escolas do mundo têm em comum ? Elas incentivam a resolução de problemas e o trabalho de equipe, além de fazer com que o aluno se interesse mais com os conteúdos.
            Estudos comprovam que os melhores formandos são aqueles que potencializam seus conhecimentos adquiridos (trabalham pelo máximo aprendizado).
            A educação é a resposta para os maiores problemas no mundo.

- Como solucionar este problema ? Precisamos encorajar as crianças à lerem mais para capacitá-las à melhorar a situação atual.
  
- O Brasil possui um sistema político bastante complicado, porém nós como cidadãos devemos exigir que a educação seja prioridade.

- O Brasil precisamos de lideranças para a educação, precisa de escolas de alta performance e precisa incentivar mais à leitura.


12º Painel: Novo paradigma de Liderança
            Richard Barrett – Presidente da Barrettt Values Centre
           
            Precisamos de novas culturas nas organizações.
            A habilidade de se conectar é o novo paradigma de liderança.

            Indicações:
- livro O Novo Paradigma da Liderança, de Richard Barrett;
- livro Organização Orientada por Valores, de Richard Barrett;
- livro Coaching Evolutivo, de Richard Barrett.

            Precisamos de mais cooperação e pensamentos coletivos.
            As melhores empresas para se trabalhar (empresas que se importam mais com seus funcionários) se recuperaram melhor e mais rápido na crises de 2008 e 2009.
            Temos que primeiramente nos auto liderar para depois liderarmos equipes.
            A Cultura muda os processos.
            De acordo com Barrett, especialista sobre a evolução dos valores humanos no mundo dos negócios e da sociedade, todos nós queremos crescer, ter confiança, criatividade, sermos reconhecidos naquilo que fazemos. Assim, transformar uma organização é transformar quem a opera.
Se conseguirmos construir um nível de consciência que leve a uma comunidade interna forte, com alianças fortes no mundo, nos importando com o planeta e identificando onde queremos a cultura da empresa, estaremos no caminho certo. “Quando você se preocupa com o seu funcionário, ele se preocupa com você. Há uma grande vantagem financeira nisso, é concreto e mensurável”, explicou. Transformar é possível!
Entropia Cultural = desordem e atritos culturais. Gera um desengajamento na organização.
As organizações devem medir o engajamento das equipes.
Baixa entropia = Alto Engajamento
Funcionários engajados se importam mais com a empresa.
A entropia cultural aumenta, devido às lideranças frágeis.

A produtividade e o lucro aumentam com a queda da entropia cultural.
É recomendável mapear os valores conforme as culturas desejadas.  


13º Painel: Trabalhos Colaborativos
            Christian Longhi – Sócio Diretor da MBS Consulting

            Temos que repensar a Gestão. Fomentar o trabalho coletivo.
            Existe um abismo entre os objetivos e os resultados.
                        Objetivo = Querer
                        Resultados = Conquistar

            Como ligar os objetivos e resultados ? É necessário contar com a colaboração de 3 fatores fundamentais:
                        - Processos; 
                        - Pessoas;
                        - Tecnologias;

            Os propósitos das organizações devem ser revistos.


14º Painel: Soluções Inovadoras para a Melhoria da Gestão e Produtividade.
            Francis Dedavid – Diretor Técnico da First Decision

            A realidade atual é de desaceleração do mercado. Porém mesmo assim, de forma geral estamos investindo bastante em tecnologias e softwares nos últimos 5 anos.
           
            A Gestão da Informação pode ser uma excelente aliada para conquistarmos a melhoria da Gestão e Produtividade.
            Transformando as informações em dashboards, facilitamos e agilizamos a visualização e medição dos dados.
            Apresentação de cases de soluções através da aplicação do Software SAP/First Decision (ERP) em grandes organizações. Uma das principais vantagens deste software é a atualização instantânea dos dados e gráficos, transmitindo assim os valores reais referentes à cada situação desejada.