terça-feira, 21 de julho de 2015

COLUNA GESTÃO À VISTA DE VICENTE FALCONI – METAS

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Na coluna deste mês, na revista Exame, Vicente Falconi respondeu à questões bastantes relevantes no tocante das METAS.
Como é amplamente difundido por Falconi: “Gerenciar é bater Metas!” e para que possamos gerenciar nossos processos temos que tomar bastante cuidado no momento de estipular/definir uma meta.
Segue abaixo o conteúdo na íntegra:

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Reprodução Revista Exame

1 – Sou gestor e proprietário de uma empresa de agronegócio. Estou desdobrando metas para implantar uma gestão por indicadores e, depois, um programa de remuneração variável com bônus. Meu receio é que esse programa não cumpra seu objetivo, que é motivar o pessoal, já que para eles receberem os bônus a empresa precisa atingir sua meta principal. Sabe o que posso fazer nesse caso? José Roberto Ribas, de São Paulo.

“Comece pelo simples e vá aperfeiçoando depois. No início, a maior preocupação não deve ser fazer com que tudo saia perfeito nem atingir várias metas. Mas, sim, entender como o processo funciona e aprender a gerenciar com método. Esse aprendizado já representa, na verdade, uma mudança cultural muito grande. O que recomendo é começar com somente uma meta para você, o gestor. Somente uma. Essa meta deve ser estabelecida tendo em vista sua prioridade máxima para o ano. Isso vai fazer com que sua equipe centre esforços no que é realmente importante para sua empresa.
Além de não exagerar na quantidade de metas, seja cauteloso no salto proposto. Não tente colocar uma meta muito “desafiadora” logo de cara porque seu pessoal pode perder a confiança. Se isso acontecer, vai ser mais difícil retomar o processo. Portanto, prefira começar com uma meta mais fácil de ser atingida. Outro ponto importante é construir o que se chama tecnicamente de diagrama de árvore, colocando na ponta o valor de sua meta. A construção desse diagrama vai ajudar você e sua equipe a visualizar a contribuição de cada um no atingimento da meta geral.
E finalmente: as metas por si sós não vão levá-lo a lugar algum. É necessário ter bons planos de ação e bom controle de execução. Verifique ao longo do ano como anda a execução de cada ação e, em caso de dificuldade, ajude seu pessoal a montar bons planos de ação e a executá-los com disciplina. Siga as recomendações contidas em meu livro Gerenciamento da Rotina do Trabalho do Dia a Dia, sobre como gerenciar essa etapa. Vale o alerta: cuidado, porque somos todos procrastinadores.”


Reprodução Revista Exame

2 – Trabalho na área de saúde e segurança de uma multinacional responsável pelo gerenciamento dessas áreas em várias unidades ao redor do mundo. A maior dificuldade que tenho encontrado está no cumprimento de metas. Historicamente, pude observar que, mesmo acordando um plano de ação mais brando para todos os envolvidos, é impossível o cumprimento de 100% do plano de ação. Aí está o ponto em questão: como posso justificar que uma ferramenta de gestão elaborada pelos próprios envolvidos não terá um aproveitamento máximo? Anônimo.

“Notei que em sua pergunta você usou a expressão “cumprimento de metas”. Meta não se cumpre ou se bate apenas pelo desejo ou por um esforço extra. Metas são executadas. Metas são atingidas quando se coloca conhecimento novo em prática. É necessário montar planos de ação que contenham o conhecimento necessário para atingir a meta. Se o plano de ação é bom e a execução bem-feita, a meta deverá ser batida. O resultado atingido é consequência de um processo que exige muita disciplina tanto no planejamento como na execução e no acompanhamento.
Se a meta não for atingida, é porque vale uma entre duas hipóteses. A primeira: você ainda não tem um bom plano de ação – e, nesse caso, deve convocar rapidamente as pessoas que entendem profundamente dos problemas que impediram que o objetivo fosse alcançado. Ou, na segunda hipótese, a execução foi deficiente e você deve checar isso.
A boa execução de uma meta tem várias nuances. Primeiro você tem de ter um bom plano de ação. Muita gente nem plano de ação faz. Ou faz sozinho, “em cima da perna” – ou seja, de qualquer jeito. Na execução, as pessoas acabam por descobrir que várias ações são inócuas ou impossíveis de ser executadas. Se o plano de ação tivesse sido bem montado, deixando que todos dessem sua opinião desde o princípio, isso teria sido reconhecido antes.
Todos precisam entender que um plano de ação é montado coletivamente, ou seja, é um trabalho em grupo no qual cada ação é muito discutida e avaliada antes de ser executada. Tenho certeza de que, se observar essas coisas simples, você vai ter excelentes resultados.”

Fonte: Revista Exame – Coluna Gestão à Vista– Página: 75-76 – 22/07/2015

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