Continuação da série Seis Sigma:
“Em resumo, pode-se dizer que o
diferencial do Seis Sigma é que ele promove uma mudança na cultura da empresa.
Após sua implantação, a organização modifica seu posicionamento em relação aos
problemas e à forma de identificá-los e resolvê-los”.
(João Marcos Andrietta e Paulo Augusto
Cauchick Miguel, 2003)
Como qualquer outra ferramenta ou
metodologia, implantada em uma organização, o Seis Sigma precisa de bastante
comprometimento e dedicação de todos os colaboradores, principalmente da
alta-administração
No início do programa, a organização
precisa investir em treinamento e capacitação da equipe, além de proporcionar recursos
para manter alguns colaboradores focados integralmente no programa.
Expertise e integração
como fator critico para o sucesso.
O Six Sigma projeta a empresa na direção de
mudanças bem estruturadas para uma evolutiva consistente. Para viabilização do
alcance de resultados globais se faz necessário o comprometimento da liderança
como fator critico para o sucesso da implantação Six Sigma na organização
criando assim uma conscientização “Top Dow” ou seja de cima para baixo, do alto
escalão executivo até a base operacional já que as mudanças proporcionadas
atingem a todos os setores da organização ou setores da área ao qual esta sendo
implantada.
De forma a tornar o Six Sigma uma nova forma de
pensamento corporativo as atividades de melhoria devem ser alinhadas aos objetivos
dos negócios, as tomadas de decisões deve ser executadas com base em dados e os
ganhos devem ser preservados com disciplina.
É fundamental o conhecimento técnico tanto nos
processos existentes dentro da organização quanto na aplicabilidade das ferramentas
da qualidade alinhadas aos métodos estatísticos tanto pelos executivos
envolvidos no projeto quanto para os demais integrantes. É neste entendimento é
que as empresas buscam selecionar pessoas com alto desempenho e com habilidade
para liderarem mudanças em todos os níveis hierárquicos, possibilitando, assim,
que alcancem melhores resultados na execução do projeto.
Sabendo
disso dentro de cada projeto existe uma hierarquia que se define pelo grau de expertise na metodologia e
conhecimento técnico do processo. A classificação hierárquica é feita da
seguinte forma:
White Belts (faixa/cinto branca): Tem dentro de suas responsabilidades
dominar o conhecimento básico sobre as ferramentas de Six Sigma participando e
contribuindo com conhecimento pratico e especifico do processo em estudo. Este
profissional demanda uma dedicação parcial e pontual no apoio operacional ao
projetos Six Sigma de uma organização.
Yellow Belts (faixa/cinto amarelo): Possui um conhecimento mais avançado (no
geral recebem treinamento de 2 dias) aplicando ferramentas básicas apenas para
o desenvolvimento das suas funções e desenvolvendo um raciocínio critico no que
se refere a redução de desperdícios e oportunidades de melhoria.
Green Belts (faixa/cinto verde): Neste nível já possui orientação técnica
de cinco dias em sala de aula ministrada pelos Black Belts, para definirem seus
projetos e prestarem assistência a eles . São preparados para gerenciar os
projetos, também aptos a formar e facilitar equipes nos setores, utilizar
metodologias gerenciais da qualidade e estatísticas, solucionar problemas e
analisar dados descritivos. Seu envolvimento se da desde o início até o fim do
processo.
Black Belts (faixa/cinto preto(a)): Responsável pelo gerenciamento do projeto
e lideram os Green Belts e equipes de projetos. Possui orientação técnica de
160 horas de instrução sobre a metodologia em sala de aula para desenvolver o
conhecimento em ferramentas técnicas, matemática e análise quantitativa e
método estatístico. Possuem habilidades e práticas para resolver problemas e
busca enriquecer seus conhecimentos por intermédio de todos os setores da
empresa e, também, pelos sistemas informatizados nos quais estejam armazenadas
as informações da organização. Sua dedicação em geral é de 100% “Full Time” (todo
tempo) dedicado para a condução dos projetos.
Master Black Belts (Mestre do(a)
faixa/cinto preto(a)):
Este é o mais alto nível de graduação Six Sigma, lideram o programa e possui o
maior conhecimento técnico, organizacional, matemático, análise competitiva, softwares
e hardwares para poderem desenvolver métodos e treinamentos estatísticos. São
capacitados para treinar Black e Green Belts, orientando-os durante os
treinamentos sobre como aplicar o método de forma correta, e em alguns casos
mais delicados, auxiliando-os na correção de erros no projeto em si. Sua
dedicação ao projeto esta em ser um “recurso especialista” para os Black Belts.
Além
dos profissionais especialistas na metodologia temos mais duas classificações
de stakeholders (partes interessadas):
Donos do Processo: Estes são os profissionais da organização
que terão a responsabilidade de assumir o processo depois de finalizado o
projeto implementando as recomendações feitas pelo projeto tal qual gerenciar e
mantendo os ganhos obtidos.
Sponsor (patrocinador): Os patrocinadores, que são os
proprietários do processo e do sistema, fornecem algumas ideias para melhoria
deles, auxiliando na iniciação e coordenação das atividades.
Champion (campeão): Normalmente em grandes empresas é o vice-presidente
ou o principal diretor ligado a área de aplicação do projeto, é ele quem treina
e lidera o processo em tempo integral. Sendo principalmente responsável pela
eliminação de barreiras para viabilização do projeto e difundir a estratégia
para toda empresa. Vale ressaltar que os champions também participam do treinamento
dos GreenBelts.
REFERÊNCIA
BIBLIOGRÁFICAS:
·
Artigo: Andrietta, João Marcos. Cauchick Miguel, Paulo Augusto - O Programa
Seis Sigma Aplicado a Processos Administrativos. 2003.
·
Artigo: Moreira, Wesley - Six Sigma: Gestão da excelência para
competitividade.
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